Por gentileza, o senhor pode me dar uma informação?
O que é viver? Por que vivemos?
Em setembro de 2007, fui ao sepultamento do pai de uma amiga, na cidade de São Paulo. Por diversas vezes, ouvi dos presentes a seguinte frase:“a única certeza que temos em nossa vida, é a morte”.
Ops! Que interessante! Questiono-me por diversas vezes quão tolos somos, ou não. Vivemos para deixar legados? Vivemos por viver? Vivemos à espera do tribunal – vais para o céu ou inferno?
Temos direitos, deveres e obrigações, mesmo que, em grande parte, não saibamos os motivos pelo qual seguimos, muito menos quem os inventou. Deparamos-nos com palavras como ética, protocolo, etiqueta, exigidas cegamente pela sociedade, induzindo-nos à espiral do silêncio, não poucas vezes quebradas, até mesmo, pelos representantes do executivo nacional. Realmente, as palavras tornam-se meramente palavras.
Será que está certo? Ou melhor, o que é errado?
Analogamente ao dia, a vida parece durar 24 horas. Nasce o Sol, dando a luz a um novo dia, que percorre uma trajetória, já com uma certeza, fenecerá e encontrar-se-á com a escuridão... dorme em silêncio. Um sono inconsciente, sem prática nem ação. Muitas vezes, acordamos e temos a leve impressão de termos conhecido uma outra realidade. Reconhecemos e conhecemos lugares e pessoas, mas, ao acordarmos, de forma similar ao nosso Pai, ressuscitamos.
Será que será sempre assim? Será que em uma dessas mortes viveremos nesses outros mundos? Será?
(Felipe Carvalho)
setembro de 2007
Um comentário:
Esse seu texto lembra aqueles do livro do Baudelaire... dos pequenos poemas em prosa. Bem existencialista. Sabe que todos os dias me faço estas mesmas perguntas? Acho que isso é inerente ao ser humano. O que estamos fazendo aqui? Para onde vamos? Será que o tempo presente é apenas um único momento de lucidez e consciência em uma eternidade adormecidos? Será que um dia fecharemos nossos olhos e não acordaremos? Ou acordaremos? E de onde viemos? Por que acordamos aqui, neste agora, nesta época? Por que nos encontramos? Por que reencontramos? Por que as coisas acontecem assim? O que está ao nosso alcance? Até onde temos o poder? (Se eu tivesse o poder.... rs) Que mão é essa que tece nossos destinos? Ou somos nós que pilotamos o futuro? Tento fazer o possível com o que me é dado a cada dia, quero viver o melhor do hoje, fazer o máximo da melhor forma possível. É só isso que eu sei... Será?
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