domingo, 4 de novembro de 2007

A riqueza humana

Valorize sempre seus amigos
Que de fato querem o bem.
Não somente se lhes convém.
Desejam é te ver crescer.

Não se deixe aborrecer,
Com conselhos que vierem
Pois longe, ou onde estiverem
São eles. Você pode crer!

Amigos, raros amigos
Precisamos distinguir
Amigos, caros amigos
Rico é quem possui.

Cuidado quando passarem
Ventanias ao seu lado,
Perdido ou desolado
Saberá reconhecer.

Que mesmo sem a bonança
Ainda há a confiança
Naqueles que sabe ter.

Amigos, raros amigos
Precisamos distinguir
Amigos, caros amigos
Rico é quem possui.

(Felipe Carvalho)
outubro de 2007

2 comentários:

Unknown disse...

O título da poesia é um resumo do sentido da amizade para o poeta. Para o eu lírico, os amigos verdadeiros são aqueles que não abandonam, mesmo nos piores momentos. São pessoas raras, que muitas vezes passam conselhos que nem sempre são aceitos e que permanecem em nossas vidas mesmo nos piores momentos.

Existe a preocupação com a forma, mas ela é secundária diante da expressão do sentimento. O poema é composto por 6 estrofes, cada uma delas com quatro versos, exceto a penúltima, que possui apenas 3. No desenho do poema no papel, ela nos chama mais a atenção. O trecho destaca justamente a confiança e a fidelidade do amigo, que não abandona, principalmente nas adversidades.

Interessante é o jogo da estrofe que se repete (terceira e sexta).

O autor faz uma brincadeira gramatical com a aliteração do primeiro e do terceiro verso. Em ambos, podemos interpretar a palavra “amigo” como o interlocutor do poema, ou seja, o leitor, ou como uma definição do termo. Assim, “raros amigos” e “caros amigos” podem ser classificados ou como vocativos, ou como complementos dos verbos “distinguir” e “possuir”, dependendo da interpretação que queremos dar. É importante também atentar para a ambigüidade da palavra “caro”.

O poema tem um tom de aconselhamento e também de autoridade. O eu lírico dialoga com o leitor, impelindo-o a analisar a situação da amizade e dá uma ordem: “valorize”. Esta acepção também nos é denunciada por termos como “não se deixe aborrecer” e “cuidado”.

Linguagem é leve, simples e direta. As rimas obedecem à ordem abbc/cbbc/adad/beeb/ffc/adad. O ritmo é bem marcado, apesar dos versos não terem uma estrutura fixa. A maioria têm 7 sílabas poéticas, mas também encontramos versos de 8, um de 9 e um de 6.

Unknown disse...

Essa é pra mim né ?!?!?!
shaushaushaushaushuahsuahsuahsuahs
Esse é o nosso poeta =D